Augusto Melo se destaca em depoimento do Caso VaideBet

Homem sorridente com terno cinza concede entrevista próxima a carro, rodeado por repórteres e câmeras em ambiente urbano.

Augusto Melo chega à delegacia para depor • Raul Moura

A investigação da Polícia Civil em relação ao caso do contrato entre o Corinthians e a plataforma de apostas VaideBet está prevista para ser concluída na primeira semana de maio. O Delegado Tiago Fernando Correia, do DPPC, e o Promotor de Justiça Juliano Carvalho Atoji, do GAECO, ouviram os depoimentos de Augusto Melo, Marcelo Mariano e Sérgio Moura.

Informações obtidas pela CNN revelam que os depoimentos dos três envolvidos apresentaram divergências, especialmente em relação à participação de Alex Cassundé, apontado como intermediário na negociação.

Até o momento, nenhum dos quatro ouvidos pela police apresentou evidências concretas sobre o relacionamento entre eles que poderia justificar o negócio fechado entre o Corinthians e a VaideBet. A tendência é de que todos eles sejam indiciados, com a possibilidade de que Yunk Li, ex-diretor jurídico do clube, também enfrente acusações.

Os crimes que estão sendo investigados incluem lavagem de dinheiro e associação criminosa, embora a definição final ainda dependa das investigações em andamento.

Contexto do Caso

O escândalo começou em 7 de janeiro de 2024, quando o Corinthians anunciou um contrato de patrocínio máster de três anos com a VaideBet, considerado o maior na história do futebol brasileiro. Inicialmente celebrado, o acordo rapidamente gerou controvérsias e insatisfação entre os torcedores.

Em 7 de junho, após cinco meses, a VaideBet decidiu rescindir o contrato, citando suspeitas de atividades fraudulentas envolvendo um intermediário no negócio.

Suspeita de “Laranja”

A questão ganhou notoriedade após o colunista Juca Kfouri divulgar uma denúncia sobre a empresa Rede Social Media Design LTDA, que teria intermediado o acordo. Segundo as informações, parte da comissão paga pelo Corinthians teria sido transferida para outra empresa, a Neoway Soluções Integradas em Serviços LTDA.

A sócia da Neoway, Edna Oliveira dos Santos, residente em Peruíbe, São Paulo, afirmou não ter conhecimento do caso. Anteriormente à rescisão, a VaideBet já havia enviado uma notificação extrajudicial ao Corinthians, alegando a existência de um "laranja" no contrato, o que, segundo a empresa, violava uma cláusula anticorrupção.

A situação continua em desenvolvimento e as investigações devem esclarecer os detalhes do caso e as possíveis implicações legais para os envolvidos.

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