A diretoria do Corinthians está ciente das carências no elenco, mas enfrenta restrições financeiras que dificultam grandes investimentos durante a janela de transferências de julho. Com um cenário econômico complicado, a estratégia do clube é focar na aquisição de jogadores sem vínculos, ou negociar empréstimos, em vez de adquirir direitos econômicos.
Essa abordagem não é nova para o Corinthians, que, nos últimos anos, tem optado por contratações com despesas limitadas a salários, direitos de imagem e bonificações. Jogadores como Giuliano, Renato Augusto, Róger Guedes, Willian e Memphis Depay foram trazidos para o clube por essas vias.
Na última janela de transferências em janeiro, o lateral-esquerdo Fabrizio Angileri foi o único reforço, vindo ao clube após rescindir contrato com o Getafe, sem custos adicionais.
### Diagnóstico do Elenco
A análise interna feita pela diretoria apontou que o time necessita de, pelo menos, um ponta, um meia e um zagueiro. Movimentos futuros para reforçar o elenco estão condicionados à definição do novo técnico. Tentativas de contratação de Tite não avançaram, e o Corinthians está em tratativas com Dorival Júnior. A expectativa é que uma gestão mais coesa na comissão técnica possa fortalecer a defesa, que se mostrou vulnerável sob o comando de Ramón Díaz.
### Situação Financeira
O balanço financeiro de 2024 revela que a dívida do Corinthians atingiu R$ 2,5 bilhões, incluindo o passivo do clube e o financiamento da Neo Química Arena. O diretor financeiro, Pedro Silveira, menciona que, descontando um adiantamento de R$ 150 milhões referente à Liga Forte União, a dívida real gira em torno de R$ 2,4 bilhões.
Além disso, registrou-se um aumento de 30% no endividamento e um déficit de R$ 181 milhões na temporada anterior. Diante desse cenário, o Corinthians estipulou um plano para 2025 que visa a redução drástica nos investimentos em futebol, priorizando apenas oportunidades viáveis no mercado.