O atacante paraguaio Ángel Romero, do Corinthians, expressou sua indignação após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras no último sábado (12), em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, realizada na Arena Barueri.
Em entrevista na zona mista, Romero relatou ter escutado gritos homofóbicos e xenofóbicos vindos da torcida palmeirense e pediu uma postura mais rigorosa das autoridades do futebol brasileiro em relação a essas condutas. “Quando os rivais fazem, não acontece nada. As situações estão à vista. Não sei se haverá punição, pois sabemos de onde vem. No entanto, se fosse na Arena, já sabemos o que aconteceria”, afirmou, mencionando a disparidade no tratamento entre as torcidas em casos de intolerância.
Repetição de Atitudes Discriminatórias
Romero destacou que frequentemente é alvo de discriminação e que este problema é crônico no Brasil. “Sempre serei contra a xenofobia, preconceito e discriminação. Convivo com isso quase todos os dias. Por isso, digo que o Brasil é o país com mais racismo e discriminação”, declarou.
Recado Direto à Presidente do Palmeiras
O atacante também enviou uma mensagem à presidente do Palmeiras, Leila Pereira. “Vamos ver se a presidente também percebeu o que estava acontecendo e se escutou os comentários da torcida. Essa questão precisa ser abordada. Já disse em outras entrevistas que escutamos racismo e discriminação em campo, e não venho apresentar isso todos os dias”, enfatizou.
Os comentários de Romero surgem em um contexto já marcado por incidentes fora de campo. Durante o clássico, torcedores do Palmeiras arremessaram cabeças de galinha no gramado, em uma alusão à rivalidade entre as torcidas e como resposta a uma provocação anterior, quando torcedores corintianos lançaram uma cabeça de porco na Neo Química Arena, em um jogo do Brasileirão no ano passado.