Palmeiras e Cerro Porteño, do Paraguai, se enfrentarão na segunda rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores 2025, em um clima tenso após um incidente de racismo envolvendo o jogador Luighi durante a competição sub-20, que teve como protagonistas os dois clubes.
O episódio ocorreu no Paraguai, onde Luighi foi alvo de gestos racistas por parte da torcida local, resultando em uma reação contundente do Palmeiras. O clube solicitou medidas da Conmebol, que culminou na aplicação de uma multa de 50 mil dólares ao Cerro Porteño e na decisão de manter o restante dos jogos da competição sub-20 sem a presença de público.
A repercussão do caso se estendeu para a mídia internacional e até para a FIFA. Em resposta à punição considerada branda, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, absteve-se de comparecer ao sorteio da Libertadores em Luque, realizado em 17 de março. Durante a cerimônia, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, fez menção ao incidente envolvendo Luighi, enfatizando a necessidade de um “basta” ao racismo.
Curiosamente, Palmeiras e Cerro Porteño foram sorteados no mesmo grupo, o que levanta a expectativa para o confronto. No entanto, a situação se agravou após Domínguez comparar a possível saída dos clubes brasileiros da Conmebol a “Tarzan sem Chita”, provocando indignação entre os dirigentes, principalmente de Leila Pereira. A presidente considerou a comparação “abominável” e uma provocação ao Palmeiras e demais clubes brasileiros, especialmente em um contexto tão sensível.
Em resposta a esse tipo de violência no futebol, a Conmebol lançou uma campanha contra o racismo, destacando que "o futebol é paixão, união e respeito" e convocando todos a se juntarem a essa causa. Jogadores de diversos clubes, como Everton Ribeiro, do Bahia, e Matheusinho, do Vitória, manifestaram apoio à campanha, ressaltando a importância do respeito entre as pessoas.
Após ter atuado na abertura da Libertadores contra o Sporting Cristal, Luighi deverá estar entre os reservas durante o próximo confronto. Durante a partida, ele também enfrentou comentários hostis por parte da torcida adversária, que o chamou de “chorão”, intensificando ainda mais a discussão em torno do racismo no esporte.