Após a reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo, realizada na noite de terça-feira (8), o presidente Julio Casares utilizou suas redes sociais para discutir a atual situação financeira do clube. O balanço de 2024 revela um déficit de R$ 287 milhões e um aumento na dívida total para R$ 968 milhões, mas o dirigente manifestou otimismo sobre o futuro.
“Estamos comprometidos com o São Paulo. Até 2030, temos R$ 2,026 bilhões em recebíveis garantidos, sem incluir vendas de jogadores, bilheteiras, sócios torcedores e investimentos na base. Esses valores não estão contemplados no montante mencionado! Nosso objetivo é deixar uma situação sólida para os futuros gestores até 2027, o que seria um marco na história do clube”, destacou Casares.
Apesar da perspectiva otimista, os dados financeiros apontam para dificuldades. O departamento de futebol registrou um faturamento de R$ 582 milhões, mas as receitas de transferências foram inferiores ao esperado. O clube visava arrecadar aproximadamente R$ 170 milhões por meio de vendas, mas totalizou apenas R$ 89 milhões.
Entre os fatores que impactaram esse desempenho, estão as lesões de atletas estratégicos para negociações. Pablo Maia, um dos principais ativos do clube, sofreu uma lesão grave em abril de 2024 e retornou apenas recentemente. Simultaneamente, Rodrigo Nestor também enfrentou problemas de saúde, perdendo parte da temporada em um período crítico de valorização.
A receita que deixou de ser gerada com as transferências, estimada em R$ 81 milhões, contribui para o déficit apresentado. Além disso, outras despesas foram consideradas. O UOL reportou que R$ 40 milhões investidos no Centro de Formação de Atletas de Cotia foram contabilizados como despesas por questões contábeis, enquanto multas e tributos imprevistos totalizaram R$ 97 milhões. Os encargos de juros bancários demandaram mais R$ 70 milhões.
Mesmo diante desses desafios, Casares reafirma que o São Paulo segue em uma trajetória adequada para garantir um futuro mais sólido. Ele destacou que, além dos R$ 2 bilhões já assegurados até 2030, há outras possibilidades de geração de receita que ainda não foram consideradas nas projeções, como patrocínios e o potencial de novos talentos da base.