Estados concentram quase metade dos beneficiários do Bolsa Família; repasses em abril alcançam 20,5 milhões de famílias
Brasília | Do R7, em Brasília – 19/04/2025 – 02h00 (Atualizado em 19/04/2025 – 02h00)
Lyon Santos/MDS – arquivo
Os estados da Bahia, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram o número de famílias atendidas pelo programa de transferência de renda Bolsa Família, totalizando 47,11% dos beneficiários. Em abril de 2025, o programa irá beneficiar 20.488.545 núcleos familiares, conforme informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Os números específicos por estado são os seguintes:
- Bahia: 2.469.268 famílias (12,05%)
- São Paulo: 2.461.899 famílias (12,02%)
- Pernambuco: 1.580.478 famílias (7,71%)
- Minas Gerais: 1.570.614 famílias (7,67%)
- Rio de Janeiro: 1.570.408 famílias (7,66%)
Os pagamentos referentes ao mês de abril tiveram início em 15 de abril e seguirão até o dia 30, com a antecipação dos repasses ocorrendo devido ao feriado prolongado. Os valores são liberados de acordo com o último dígito do NIS (Número de Inscrição Social).
Valor médio dos repasses
O valor médio do repasse do programa para este mês é de R$ 668,73. Dez estados apresentam valores superiores a essa média, incluindo Pará, Maranhão e Amazonas.
Outros 17 estados têm média de repasse inferior à nacional, como Bahia, São Paulo e Minas Gerais. A distribuição dos valores é a seguinte:
- Roraima: R$ 734,96
- Amazonas: R$ 724,96
- Amapá: R$ 716,56
- Acre: R$ 715,82
- Pará: R$ 695,67
- Maranhão: R$ 694,97
- Tocantins: R$ 685,01
- Mato Grosso: R$ 681,22
- Alagoas: R$ 678,71
- Rio de Janeiro: R$ 660,09
- Bahia: R$ 659,37
- Minas Gerais: R$ 653,77
Critérios do Bolsa Família
O governo federal destina R$ 13,7 bilhões ao Bolsa Família. O benefício básico é de R$ 600, com incrementos possíveis conforme a composição familiar, incluindo:
- R$ 150 para cada criança de 0 a 6 anos;
- R$ 50 para gestantes;
- R$ 50 para lactantes;
- R$ 50 para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos.
Declaração do Presidente sobre o programa
Em 15 de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que o Brasil não pode ser um país dependente do Bolsa Família. O programa, criado em outubro de 2003, foi rebatizado como “Auxílio Brasil” durante o governo anterior e voltou a sua denominação original em março de 2023. Lula frisou a importância de promover a educação e capacitação profissional para evitar condições de pobreza permanente.
O presidente afirmou: “Eu voltei para a Presidência da República para provar que este país não pode ser um país eternamente pobre, vivendo de Bolsa Família.” Em agenda realizada em Resende (RJ), ele destacou a necessidade de progresso social e econômico.
