CNN
A tragédia ocorreu na noite de sábado, quando uma menina de 14 anos foi morta por uma leoa próxima a Nairobi, no Quênia. O ataque aconteceu em um rancho que faz limite com o Parque Nacional Nairobi, conforme informações do Serviço de Vida Selvagem do Quênia (KWS).
A leoa entrou em uma residência após pular um cercado improvisado, segundo o gerente de comunicação do KWS, Paul Udoto. Dentro da casa, a menina estava acompanhada de outro adolescente quando a leoa a atacou. Segundo Udoto, não há evidências de provocação por parte das vítimas.
O segundo adolescente conseguiu alertar as autoridades, que enviaram equipes de emergência. Ao chegarem ao local, os agentes seguiram manchas de sangue até o rio Mbagathi, onde encontraram o corpo da garota com ferimentos na parte inferior das costas.
As autoridades estão atuando para capturar a leoa e reforçar a segurança na área. Medidas como a instalação de cercas elétricas e sistemas de alerta antecipado baseados em inteligência artificial estão sendo consideradas para notificar as comunidades sobre a movimentação de animais selvagens, conforme informou Udoto.
Em outro incidente separado, na sexta-feira, um homem de 54 anos foi atacado por um elefante em uma floresta na província de Nyeri, também no Quênia. Ele sofreu ferimentos no peito, fraturou costelas e teve trauma interno, falecendo após ser levado ao hospital, de acordo com o KWS.
Esses ataques ressaltam a necessidade de investimentos contínuos na mitigação de conflitos entre humanos e animais selvagens, com intervenções estratégicas, sistemas de alerta precoce e colaboração com comunidades afetadas.
A investigação dos ataques ainda está em fase inicial, mas as descobertas preliminares indicam que ambos estão ligados a pressões ecológicas mais amplas e à ocupação humana em habitats naturais. Udoto destacou que a leoa pode ter alterado seu comportamento de caça devido à escassez de presas e ao aumento da atividade humana nas proximidades do parque.
Quanto ao ataque do elefante, o KWS informou que ocorreu enquanto a vítima pastoreava o gado na floresta, evidenciando que a atividade humana invade o espaço dos animais, criando condições para conflitos. O KWS expressou suas condolências às famílias enlutadas e continua a trabalhar em conjunto com as autoridades locais e as comunidades para melhorar a segurança nas áreas próximas a habitats selvagens.
Embora ataques de leões e elefantes sejam considerados relativamente raros, eles podem acontecer em regiões isoladas, próximas a parques nacionais e reservas de caça. O KWS aponta que os ataques de leões representam menos de 2% de todos os incidentes relatados envolvendo humanos e vida selvagem. Já os incidentes com elefantes são mais frequentes, especialmente durante as estações secas, quando os animais migram em busca de água e alimento, podendo entrar em contato com terras agrícolas ou assentamentos.
































