Na terça-feira, dia 7 de outubro, acontecerá uma Lua cheia que estará próxima do seu ponto mais próximo da Terra, conhecido como perigeu. Dependendo do critério utilizado para definir “superlua”, essa Lua cheia pode ou não ser classificada como tal. Para 2025, também haverá a possibilidade de classificar as luas cheias de 5 de novembro e 4 de dezembro como “superluas”.
A Lua cheia é o momento em que o satélite natural da Terra aparece completamente iluminado. Muitos sites e blogs de Astronomia têm anunciado que essa Lua cheia será uma “superlua”. Mas o que exatamente significa esse termo? A astrônoma Dra. Josina Nascimento, do Observatório Nacional, explica que “superlua” não é um termo científico. Ele foi criado em 1979 por um astrólogo chamado Richard Nolle, que definiu que uma Lua cheia seria considerada “super” quando estivesse no perigeu ou até 90% próxima dele. No entanto, essa escolha de 90% é arbitrária e carece de fundamentos científicos.
As definições de “superlua” variam entre especialistas. A União Astronômica Internacional, que regula a nomenclatura astronômica, não possui uma definição oficial. Algumas fontes consideram que uma Lua cheia é “super” quando está a 360 mil quilômetros ou menos da Terra, enquanto outros especialistas, como o astrônomo Dr. Gabriel Hickel, acreditam que essa classificação deve ser aplicada apenas quando a diferença entre a Lua cheia e o perigeu é menor ou igual a 12 horas. Apesar das divergências, o termo “superlua” se popularizou e é utilizado para tornar a astronomia mais acessível ao público.
Vale destacar que a “superlua” é reconhecida apenas na fase cheia, mas a Lua, em sua órbita, encontra-se no perigeu em outros momentos também. Isso significa que, tecnicamente, todas as lunações podem ter uma “superlua”. A órbita da Lua é elíptica, o que faz com que sua distância em relação à Terra varie continuamente. No ponto mais próximo, chamamos de perigeu, e no mais distante, de apogeu. Essa variação provoca mudanças no tamanho aparente da Lua, que é medida em graus, minutos e segundos.
Medições simples podem ser feitas com as mãos. Esticando o braço e apontando para o céu, o dedo mindinho representa um grau. Embora a “superlua” possa parecer maior e mais brilhante, a percepção de diferenças visuais ao observar a Lua cheia não é fácil, pois não temos como comparar duas luas ao mesmo tempo. As diferenças só se tornam evidentes em fotografias tiradas em momentos distintos.
Em relação às “superluas” de 2025, dependendo do critério utilizado, poderemos ter três, duas ou apenas uma. Se considerarmos a Lua cheia que ocorre a 90% do perigeu, teremos três “superluas”: a de 7 de outubro, a de 5 de novembro e a de 4 de dezembro. Se o critério for uma Lua cheia a 360 mil quilômetros ou menos, apenas as de 5 de novembro e 4 de dezembro se enquadrarão. Por fim, se utilizarmos a diferença de 12 horas entre a Lua cheia e o perigeu, somente a de 5 de novembro será considerada “super”.
A Lua cheia ocorrerá exatamente às 00h47 do dia 7 de outubro, no horário de Brasília. Nesse momento, a distância entre a Lua e a Terra será de aproximadamente 361.458 km, um pouco menor que a média de 384.400 km. Esse fenômeno é visto quando a Lua está em oposição ao Sol, o que resulta em uma face lunar completamente iluminada. Assim, todos poderão apreciar o espetáculo, desde que as condições climáticas sejam favoráveis.
































