A flotilha Global Sumud, que tentava levar alimentos e ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, foi interceptada por autoridades israelenses. Essa ação gerou uma onda de protestos em diversas cidades da Europa, iniciando na quinta-feira e reunindo milhares de pessoas nas ruas. As autoridades de Israel confirmaram que todas as embarcações da flotilha foram retiradas de circulação e que o processo de extradição dos ativistas detidos, incluindo brasileiros, já começou.
Na Itália, centrais sindicais convocaram uma greve geral em apoio aos ativistas, resultando em paralisia dos serviços portuários e da rede ferroviária. Cidades como Milão e Roma foram palco de grandes manifestações. Na quinta-feira, cerca de 10 mil pessoas se reuniram em Roma, onde marcharam em direção ao Coliseu e, na manhã de sexta-feira, se concentraram na Praça Termini, levando a atrasos de até 80 minutos nos serviços de trem.
Giordano Fioramonti, um estudante de 19 anos, participou dos protestos para expressar sua indignação com a situação em Gaza e apoiar a flotilha. Em várias cidades italianas, de Turim a Palermo, os manifestantes agitaram bandeiras palestinas e carregaram faixas com mensagens de apoio à Palestina e exigindo o fim da violência.
A flotilha Global Sumud partiu de Barcelona no final de agosto com o objetivo de abrir um corredor humanitário para a Palestina, em meio ao conflito entre Israel e Hamas. A operação de interceptação durou cerca de 12 horas e resultou na prisão de mais de 400 ativistas a bordo de 41 barcos. Entre os detidos estão a ativista sueca Greta Thunberg e a deputada federal Luizianne Lins, do Brasil.
Na Espanha, em Barcelona, manifestantes se reuniram na Plaza de Les Drassanes, levantando bandeiras palestinas e gritando slogans em apoio a Gaza. Em Paris, na França, milhares se concentraram na Praça da República, convocados por partidos de esquerda, mas foram dispersos pela polícia. Marselha também viu protestos exigindo a libertação dos detidos, enquanto em Genebra, na Suíça, quase 3 mil pessoas se reuniram, acendendo fogueiras e exibindo uma grande bandeira palestina.
Em Bruxelas, na Bélgica, cerca de 3 mil manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento Europeu, pedindo proteção para os ativistas da flotilha. No Reino Unido, Londres também foi palco de manifestações, e novos atos estão previstos para o fim de semana, apesar das advertências das autoridades, após um ataque terrorista em Manchester que resultou em mortes.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou a extradição de quatro ativistas italianos e informou que cerca de 470 pessoas detidas estão passando por um processo administrativo e serão deportadas para a Europa. Enquanto aguardam a deportação, os ativistas permanecerão em um centro de detenção em Israel.
Os protestos pela libertação dos ativistas e apoio à Palestina ocorreram também em outras partes do mundo, incluindo Buenos Aires e Kuala Lumpur, onde manifestantes expressaram suas preocupações em frente a embaixadas e locais públicos.
































