A cidade de Roma se prepara para uma grande manifestação nacional marcada para o sábado, dia 4 de outubro. O evento foi convocado em protesto contra a situação de conflito na Faixa de Gaza e o recente bloqueio naval enfrentado pela Flotilha. Diante de um clima de tensão internacional, a realização do protesto será acompanhada por um esquema de segurança rigoroso, que envolve diversas forças de segurança.
O Comitê Provincial para a Ordem e Segurança Pública, liderado pelo prefeito de Roma, Lamberto Giannini, elaborou um plano operacional que contará com a participação de mais de 2.000 agentes, incluindo a Polícia de Estado, os Carabinieri, a Guarda de Finanças, a Polícia Local e unidades especiais. O comando geral das operações ficará a cargo da Questura de Roma. Para garantir a efetividade do dispositivo de segurança, foi determinado que todos os feriados, licenças e folgas do pessoal das forças de segurança sejam suspensos até segunda-feira, 6 de outubro.
A manifestação autorizada começará às 14h30, partindo de Piazzale Ostiense, em frente à Porta San Paolo. O trajeto incluirá importantes pontos da cidade, como o Viale Aventino, a Via di San Gregorio, o Coliseu e a Via Labicana, culminando na Praça de São João em Latrão no final da tarde. Os organizadores esperam cerca de 20.000 participantes, mas as previsões indicam que o número pode ser muito maior, com pessoas vindo de diversas regiões da Itália.
Autoridades também estão atentas à possibilidade de grupos de centros sociais e manifestações espontâneas. Recentemente, uma grande passeata ocorreu, reunindo milhares de pessoas em resposta ao ataque militar israelense contra a Flotilha Global Sumud. Além disso, escolas e universidades estão mobilizando seus alunos. A Faculdade de Ciências Políticas da Universidade La Sapienza e vários colégios de Roma foram ocupados por coletivos estudantis em sinal de protesto. Houve até registros de tensões em frente ao Liceu Artístico Caravillani.
O Questor de Roma, Roberto Massucci, afirmou que o serviço de ordem será intenso, mas respeitará os direitos constitucionais dos manifestantes. Reforços de outras regiões foram solicitados, e há um plano de controle de segurança nos principais pontos de entrada da cidade, especialmente em áreas de grande fluxo como Anagnina, Ponte Mammolo e Rebibbia, onde se esperam chegadas organizadas.
A Digos e o núcleo informativo do Comando Provincial dos Carabinieri de Roma intensificaram atividades de inteligência para monitorar possíveis infiltrações de grupos radicais ou de centros sociais, como o Askatasuna, que já anunciou participação na manifestação. O plano de segurança será finalizado em uma reunião técnica na sexta-feira na Questura.
Além disso, após o sequestro de ativistas da Flotilha no mar Mediterrâneo, várias organizações sindicais, incluindo a CGIL, convocaram novas mobilizações. Na sexta-feira, está programado um dia de greve com um ato na Praça dos Cinquecento, em frente à estação Termini, o que pode gerar bloqueios de ruas e problemas no transporte público. Essa greve se soma ao protesto já agendado pelo SI Cobas, que ocorrerá das 21 horas do dia 2 de outubro até as 21 horas do dia seguinte.
































